sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Viva a resiliência!




Em seus últimos anos, Sigmund Freud disse as célebres palavras: “Agradeço à vida por nada ter sido fácil para mim.” Ainda que a existência do criador da psicanálise tenha sido repleta de dificuldades, indivíduos como o neuropsiquiatra  francês Boris Cyrulnik – que escapou ainda criança do campo de concentração onde morreu toda a sua família – passaram por circunstâncias muito mais dramáticas. Porém, em vez de causar sua destruição, essas experiências aumentaram sua força e fizeram dele uma pessoa mais sábia. Trata-se de um processo chamado resiliência, que Cyrulnik  comenta em Os patinhos feios: "A resiliência é a arte de navegar pelas correntezas". Um trauma transtornou o ferido e o conduziu numa direção na qual preferia  não ter ido. Pelo fato de ter caído em uma corrente que o arrastou  e o levou até uma cascata de problemas, o resiliente recorrerá  aos recursos internos impregnados em sua memória e deverá  lutar para não se deixar arrastar pelo curso natural dos traumas.  Se a correnteza não nos mata, como diz Nietzsche, acabamos ganhando uma experiência essencial que nos ajudará a salvar a  nós mesmos e às demais pessoas em futuras provações.

do livro - Nietzsche para estressados

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